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Estudo evidencia o padrão altitudinal de riqueza e diversidade de morcegos ao longo das principais c

Cadeias de montanhas são excelentes laboratórios para estudar padrões ecológicos no mundo. Dentre os vertebrados, os morcegos conseguem responder muito bem a mudanças naturais ou não-naturais do habitat. Sendo assim, estudar morcegos ao longo de gradientes altitudinais pode nos ajudar a responder diversas perguntas, melhorando nossa compreensão sobre os diferentes padrões ecológicos. Focado nisso, o Laboratório de Ecologia (LabEco), em parceria com o Laboratório de Diversidade de Morcegos (LADIM) e Laboratório de Mastozoologia, ambos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e o Centre for Ecology, Evolution and Environmental Changes (CE3C) da Universidade de Lisboa, pesquisaram o padrão altitudinal de riqueza e diversidade de diferentes comunidades de morcegos ao longo das Serras do Mar e da Mantiqueira. Além disso, os pesquisadores verificaram quais seriam os principais functional traits das espécies e da comunidade de morcegos que fazem com que estes mamíferos voadores conquistem o topo das montanhas.

Serra da Mantiqueira - Foto by Fernando Pinto.

Serra da Mantiqueira – Foto by Fernando Pinto.

Os autores do estudo, que foi publicado no Journal of Biogeography, encontram que em altitude mais elevada nas Serras do Mar e Mantiqueira, as assembleias de morcegos Phyllostomidae são subconjuntos empobrecidos daquelas comunidades que se encontram em altitudes mais baixas. Os functional traits mais importantes para que os morcegos Phyllortomidae conquistem florestas em altitudes mais altas foram: limite latitudinal sul, tolerância à fragmentação florestal e capacidade de utilizar cavidades naturais. Os autores discutiram ainda que a filtragem ambiental (por exemplo, diminuição da temperatura ambiental com o incremento da altitude) seria um importante fator que afeta principalmente as espécies especialistas, as quais tem maior relação com as altitudes mais baixas.

Indivíduos de Anoura geoffroyi fotografados em gruta a ~2.000 de altitude na Serra da Mantiqueira.

Foto by William D. Carvalho.

Para concluir, os autores descrevem que as Áreas Protegidas no sudeste do Brasil estão localizadas principalmente nas regiões montanhosas. Entretanto, seria de

fundamental importância a proteção e restauração dos poucos remanescentes de Mata Atlântica onde há maiores níveis de produtividade e recursos, maior complexidade da estrutura vertical, além de menores restrições climáticas e uma gama mais ampla de morcegos Phyllostomidae.

Fonte: Carvalho WD, Martins MM, Esbérard CEL, Palmeirim JM (2019). Traits that allow bats of tropical lowland origin to conquer mountains: Bat assemblages along elevational gradients in the South American Atlantic Forest. Journal of Biogeograph (early view).

Para conhecer mais informações deste estudo pode acessar aqui.

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