A Guariba Preta
ou de Mãos-ruivas
Alouatta belzebul
A Guariba preta ou de mãos ruivas é um primata endêmico do Brasil. A espécie ocorre me três áreas no país:
1. Na Amazônia, ao sul do rio Amazonas nos estados do Pará, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso (Arco do Desmatamento).
2. No estado do Amapá, na margem norte do mesmo rio.
3. Na Mata Atlântica, nos estados de Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas.
Uma caraterística distintiva desta espécie é a vocalização emitida pelos indivíduos adultos do grupo, que pode ser ouvida a vários quilômetros de distância. Estas vocalizações geralmente são emitidas no início da manhã ou no final tarde, mas ocorrem com frequência depois de chuvas.
Esta espécie de primata habita fragmentos de floresta na Mata Atlântica e florestas de terra firme e de várzea na Amazônia, em grupos de 6 – 14 indivíduos na Mata Atlântica e grupos menores na Amazônia (6 – 9 indivíduos).
Na região Amazônica, a dieta deste primata está composta principalmente de folhas (43,4% - 60,5%), frutos (35,08% - 43,9%) e flores (4,38% - 12,5%), e em menor proporção de ninhos de cupins. Na Mata Atlântica a dieta é composta principalmente de frutos (59%) e em menor proporção de flores (27,6%) e folhas (13,3%).
Atualmente, a Guariba preta é classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) com risco de extinção na categoria Vulnerável. Na Mata Atlântica, sua principal ameaça é a fragmentação do hábitat devido principalmente às plantações de cana. Na Mata Altântica, menos de 20 populações são conhecidas. Na Amazônia, a espécie está distribuída dentro do “Arco de Desmatamento” no estado do Pará. Embora a situação da espécie é pouco conhecida no estado do Amapá, a espécie tem sido reportada como alvo de caça.
Para conhecer mais sobre esta espécie, pode acessar nos seguintes links:
Avaliação do Risco de Extinção de Alouatta belzebul (Linnaeus, 1766) no Brasil
Atividade e dieta de Alouatta belzebul na Amazônia
Geofagia de Alouatta belzebul na Amazônia
Ecologia e comportamento de Alouatta belzebul na Mata Atlântica